Como já puderam perceber, muitas destas expressões idiomáticas ligadas a certos países, línguas ou nacionalidades apropriam-se de certos estereótipos para fazer uma ponte entre a identidade de uma dada cultura e a de quem está a falar. Se aos franceses se associa o esbanjamento e o hedonismo e aos gregos a dificuldade hercúlea de fazer qualquer coisa, o que é que se podia associar aos chineses?
Em primeiro lugar, o facto da língua ser tão diferente que é indecifrável sem algum estudo! É por isso que “falar chinês” (ou uma situação “ser chinês/chinesa para” significa não perceber nada, não compreender uma dada conversa ou situação. Quem fala chinês supostamente fala algo incompreensível, e por vezes algumas conversas em português podem ser igualmente indecifráveis (basta colocarem um grupo de engenheiros e de cientistas sociais na mesma sala para perceberem que ninguém se entende!).
Como é óbvio, somos nós que damos valor a estas expressões cada vez que as usamos, e em certa medida ajudamos a perpetuar certos estereótipos mais negativos; tudo isto para dizer que estas expressões são mais uma curiosidade que outra coisa. Devem ser usadas com muita moderação, mas acho que deviam aprendê-las caso um falante de português as use em conversa!
Continuação de bons estudos! :)